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Guto Jimenez

Atualmente, o skate brasileiro vive o momento de maior divulgação e difusão pela sociedade de sua história, sem a menor sombra de dúvidas. Esteja você manuseando o seu smartphone, navegando no seu notebook ou assistindo aos seus canais favoritos de tevê, o carrinho estará presente em cenas jornalísticas ou peças publicitárias, normalizando a sua presença na programação.

Esse é um fenômeno que só aumentou após os ótimos resultados conquistados por brazucas na primeira Olimpíada que teve disputas de park e street, fato que ajudou a popularizar a prática por todo o país. No vácuo desse aumento de interesse, surgiram circuitos organizados de diferentes aspectos das modalidades olímpicas, acessíveis ao grande público através de transmissões online em tempo real em diferentes plataformas digitais.

Definitivamente, esse foi um dos aspectos que mais se destacaram nos últimos anos.
Infelizmente, existe um outro lado desse cenário que engloba a imensa maioria das pessoas que fazem o skate brasileiro ser o que é hoje. A maior parte das marcas nacionais do skate não sente essa empolgação popular pelo carrinho se refletir em mais pedidos e melhores vendas, muito pelo contrário; existe um paradoxo muito perigoso acontecendo no momento, em que a popularização do skate não está sendo aproveitada por quem efetivamente constrói a cena. E isso é muito, muito preocupante. Comentários do tipo “ninguém tá comprando nada”, “pior do que fabricar pouco é tentar receber depois de quem não tá vendendo” ou “depois do boom das Olimpíadas, ficou muito devagar de novo” são frequentes em conversas que tenho com amigos e conhecidos envolvidos em todos os processos produtivos do skate.

Gente que fabrica, distribui, vende, produz mídia, divulga, realiza eventos, organiza circuitos... São conversas orgânicas, com gente que faz efetivamente pela cena em várias frentes – e por várias modalidades, não apenas pelas olímpicas.
Uma questão muito incômoda costuma vir à tona: como é possível que boa parte das marcas nacionais, que ajudaram o skate brasileiro a ser o que é hoje, não consegue se beneficiar do aumento de popularidade do carrinho?!

Quando se compara e contrasta os dois lados da cena, é possível se enxergar com clareza uma das razões que fazem com que a maioria do mercado não seja beneficiado com o aumento de popularidade do skate. É simples: as marcas simplesmente não aparecem pra quem não é skatista. Com exceção de poucas que têm o orçamento ou a possibilidade de patrocinar etapas dos maiores circuitos, sendo portanto divulgadas nas mídias anteriormente e durante as transmissões online, as outras lutam arduamente pra poderem sair do ostracismo. Sendo assim, não são vistas ou conhecidas pelo grande público leigo que se interessa cada vez mais pelo esporte. É como se, de repente, as marcas só servissem pra apoiar e incentivar skatistas iniciantes, uma vez que a elite dos amadores e os profissionais já estariam fora do alcance financeiro das mesmas marcas que os apoiaram anteriormente.

Aquilo que já foi um fato isolado, vivenciado por apenas algumas das empresas do cenário, passou a ser uma constante pra imensa maioria delas. O mais preocupante é que uma dura realidade salta aos olhos a quem observa e acompanha as mais variadas cenas: ou você faz parte do grupo que atua nesses circuitos e eventos maiores, ou você tem que se esforçar ao máximo simplesmente pra sobreviver.

E isso se disseminou por iniciativas que até têm a ver com as cenas olímpicas, mas que não conseguem manter o que vinham fazendo por pura falta de apoio. Falo aqui especificamente do portal @campeonatosdeskate, especializado na divulgação prévia e posterior de eventos do carrinho nas mais variadas modalidades. Eu considero que o guerreiro Marcos Bollmann e sua equipe prestam um serviço de utilidade pública ao cenário, por difundirem iniciativas de todo o país independente de quem esteja por trás da realização das disputas. Perdi a conta das vezes que descobri cidades e cenas que sequer imaginava existirem, simplesmente por ver os flyers de eventos realizados nesses lugares sendo divulgados pelo canal. Eles se estruturaram de tal forma que até formaram uma equipe de skatistas iniciantes, que participam de disputas realizadas no Paraná (estado sede do CdeS) e até em outros estados.

Ao longo de seus 22 anos de história, conseguiram apoiar nada menos que 28 skatistas, um dos fatores que fazem com que tenham mais de 1 milhão de visualizações por mês. Estou falando de uma mídia especializada de skate, que vem fazendo por skatistas mais do que algumas marcas que tinham mais obrigação do que eles. Pois bem: o canal Campeonatos de Skate teve de dispensar dois dos skatistas de sua equipe, por pura e simples falta de condições de manter o apoio.

Isso é tão vergonhoso pras marcas que poderiam estar apoiando o canal, mas não o fazem por pura opção, que até me faltam adjetivos educados pra qualificar. Sem mais comentários, apenas fico na torcida pra que a equipe do canal mantenha o alto nível de seu excelente e eficiente trabalho. Bom, uma vez conhecido o problema, vem a pergunta de milhões de reais: o que pode ser feito pra reverter ou pelo menos atenuar essa realidade tão injusta?

Uma boa resposta exige um retorno ao passado, mais especificamente ao final da década de 80. Naquela época, duas iniciativas se sucederam na direção de organizar e promover o skate brasileiro, que começava a despontar no cenário internacional, a U.S.E. (União de Skatistas e Empresários) e a U.B.S. (União Brasileira de Skate) – essa última a entidade de âmbito nacional que durou até o final do século passado e precedeu a CBSk.

Naquela ocasião, houve a percepção de que a grande mídia seria uma aliada indispensável na divulgação dos campeonatos de skate, tanto assim que os circuitos brasileiros de 1989 e 90 foram transmitidos pela TV Cultura, os quais participei como comentarista. Além disso, e o mais importante, é que houve uma decisão de que cada uma das maiores marcas seriam as patrocinadoras máster de cada uma das etapas do circuito, mas que todas as marcas entrariam como co-patrocinadoras.

Assim, rolaram etapas da Urgh, Lifestyle, Plancton, Narina e Brand X, entre outras, nas quais esses nomes e os das outras marcas podiam ser visualizados nos banners distribuídos pelas áreas de competição. Em termos estatísticos, não de volumes de vendas, pode-se dizer sem susto que as marcas da época faturavam mais com as transmissões de campeonatos pela tevê do que as atuais.

Não consigo dimensionar o impulso de divulgação que as marcas de skate teriam caso pudessem participar de eventos com transmissão online nos dias de hoje. Já participei de algumas transmissões do tipo nos últimos anos, especialmente durante e após a pandemia, e o fato que mais me chamou a atenção foi a diversidade de locais onde o público estava quando assistia. Quando se recebe feedback em tempo real de gente de todo o país, e de países tão distantes quanto o Japão ou a Austrália– que confessaram ter acordado de madrugada só pra acompanhar os eventos -, percebe-se que essa fórmula é um dos atalhos pro sucesso. Aí surge outro problema, o de falta de condições de bancar os custos dessa iniciativa. Só o aluguel de um container pequeno refrigerado, fundamental pra realização de uma transmissão com qualidade, gira em torno de R$ 4mil por dia – e ainda tem a contratação de uma equipe de mídia especializada no ramo, a compra do horário de transmissão no YouTube, a divulgação do evento... Tudo custa grana, e não é pouca.

Acredito que a @cbskskate poderia estender as possibilidades de divulgação às marcas de skate de modo geral, não apenas àquelas que patrocinam os maiores circuitos de eventos. Penso nisso até porque, em sua maioria, as logos divulgadas não fazem parte da cena de skate; são de bancos, empresas de moda e bebidas energéticas, que aproveitam a boa imagem atual do carrinho na sociedade pra se associarem ao público mais jovem.

Uma solução poderia ser a seguinte: a entidade bancaria os custos de transmissão de todas as etapas classificatórias pros campeonatos brasileiros de suas modalidades, um impulso sem tamanho às marcas locais e regionais que geralmente patrocinam e apoiam essas disputas. Como isso poderia ser feito é com os profissionais de marketing e mídia da entidade, que já mostraram muita competência em lidar com esse tipo de iniciativa.

Isso não quer dizer que essa seja a única forma a ser seguida pelas marcas do ramo que querem aparecer, muito pelo contrário. O fomento à cena se dá sob várias maneiras, e todas elas começam pelo incentivo ao cenário local. É aquele bom e velho sistema utilizado há anos: apoiar e patrocinar skatistas locais, de acordo com aquilo que o próprio orçamento permitir; apoiar e patrocinar pequenas iniciativas locais, sejam demonstrações, clínicas de skate, escolinhas ou projetos sociais; poiar e patrocinar pequenos eventos, como best tricks por exemplo, que têm um potencial enorme de engajamento por parte dos skatistas...
O caminho é conhecido por todos há anos; a novidade é que muito mais pode ser feito a partir de um simples smartphone, sem a necessidade de precisar de uma equipe especializada em divulgação de mídia. OK, isso acaba desvalorizando os profissionais envolvidos na produção de mídia, mas é o que se tem no momento atual da sociedade, quando se pode produzir textos, imagens, vídeos e postagens através de um único aparelho.

Paralelo a isso, existe um fator que eu particularmente considero como inconcebível, pelo menos num mercado marcado pela criatividade e pelas adaptações às novas realidades como o do skate. Alguns empresários já assumiram um conformismo diante do atual status quo, no qual apenas algumas marcas são bem divulgadas por apoiarem as maiores iniciativas.

Pra esses caras, o ideal é tentar juntar a verba necessária pra participar do STU. Já ouvi de um deles: “criar um hype pra marca dá muito trabalho e demora muito, é bem mais prático se juntar a quem tá em evidência”. Não consigo dimensionar o tamanho da mediocridade dessa linha de raciocínio. Não quer agir por conta própria, prefere o comodismo e ainda reclama do mercado?! Fala sério!

Seja do jeito que for, já passou da hora de dar o devido retorno a quem mantém as bases do cenário, que são as marcas de skate nacionais.

Vejo suas ilustrações de vários skatistas, tanto brasileiros quanto gringos, como é a aceitação delas? Quem você já desenhou?

A aceitação é muito boa, pelo menos lá fora (de onde vem 95% dos meus trabalhos).

Já desenhei: Dennis Martinez, Doug “Pineaple” Saladino, Darren Ho, Billy Huff,  Eddie “El Gato” Elguera, Steve Olson, Steve Alba, Duanne Peters, Seve Cathey, Hosoi,  Paulo “Folha” Citrãngulo, Luciano “PT”, Helio Greco, Kao Tai, Cocoa (Anshovas), Fábio (Bolota, in progress)...

 

Como nasceu o artista?

Desenho desde moleque, copiava personagens dos gibis, DC, Marvel, mas a melhor era a MAD.

 

Fala das tuas influencias, tanto no skate quanto na arte.

No SK8 os grandes skaters dos 70’s, Stacy Peralta, Russ Howell, Steve Day, Bruce Logan, Ty Page, Ty Hunt, etc.

Na arte, os cartunistas da MAD, Tom Richmond, Roger Dean (fez as capas do YES) Frank Frazetta, Milo Manara, Boris Vallejo, Moebius e Michael Ross (Heavy Metal Magazine),  e até hoje os grandes caricaturistas como o francês Jeff Stahl.

 

Voce é um IbiraBoy Original. Fale um pouco daquela época. Os caras que andavam com você.

Época de ouro!!! Descia as ladeiras perto de casa, as do Sumaré e andava na marquise com toda a raça, Tchap-thura, Kao Tai, Minhoca, Vitché, você, Antigo,  Folha, Fábio (Bolota), Bê, Kuje, Salada, Edie Gralha, Edú (irmão do Bolota), Cocoa (atual Anshovas), e outros (perdoem-me os que esqueci, a memória não está boa). Chegávamos no Ibira nos finais de semana pela manhã e só saíamos a noite, direto pra lanchonete do Jumbo da Brigadeiro.

De vez em quando ia até a Wave Park, a Lú (minha esposa) gostava de andar lá e andamos algumas vezes juntos, poucos fizeram isso com a esposa!?!?!

 

Danilo Ilustrador  Danilo Ilustrador  Danilo Ilustrador  Danilo Ilustrador 

Qual técnica usa nas suas ilustrações?

Todas que aprendi estudando (EPA), porém com a facilidade digital, pode apagar que o papel não fura, kkkkkkkkkk.

Lembrando que o software não desenha pra você. Luz/sombra, anatomia, proporções, fundo, cores e combinar tudo isso só estudando!!!

 

Como você ve o skatista profissional dos dias de hoje? E os skatistas for fun?

Skate profissional é um sonho nosso que vejo realizado pelos skatistas atuais.

Skate for fun é para todos, inclusive os pros. Mas tem que ser divertido, andar por andar não é legal, quando não estou a fim, não ando, simples assim.

 

Skate é esporte olímpico ou continua sendo estilo de vida?

Penso que demorou a ser olímpico, já é um esporte faz tempo, fazer uma sessão de 45 segundos no half/banks não é pra qualquer um, precisa muito preparo físico!?!?!?

A partir do dia em que realizaram campeonatos e se fez dinheiro com o skate, virou esporte.

O life style é o mesmo, tanto para pro quanto para o resto da raça. Aliás, são os simpatizantes que sustentam o esporte. Falam mal dos POSERS, mas eles é que pagam a conta.

 

Da pra viver de arte?

Penso que sim, não é o meu caso, como disse no início, 95% da minha arte vai para fora. Aqui não é valorizada, mas tem gente que consegue sim (pelo menos dizem).

 

Voce viveu a ascenção e a queda do skate, nos anos 80/90, como ve esse revival do skate? Isso se deve a olimpiada ou a uma continuidade natural?

A Olimpíada foi um grande impulso com certeza, mas não foi responsável pela sobrevivência do skate.

A mídia foi muito mais responsável do que as Olimpíadas. A Mídia cria heróis, só olhar o boom do skate feminino após o aparecimento de Bufoni, Fadinha, Pamela Rosa... várias garotas querem ser como elas.

Sempre alguém continua andando, e dos 80 para os 90 já não existia o grande problema de falta de material que tivemos entre 70/80. Grandes marcas já haviam se consolidado, com isso existia muito material, e quem quisesse andar tinha como fazê-lo. A partir dos 80 já era possível importar,  viajar para fora ficou mais acessível,  muitas marcas nacionais produziram seus equipamentos. Não foi tão difícil ficar sem andar, quem gostava continuou andando, claro que tinham que se manter, o patrocínio acabou (pelo menos aqui), ficou o PAItrocínio.

Na  sua opinião qual foi a melhor fase do skateboard até os dias de hoje?

Sendo saudosista os 70’s com certeza, muito sonho, muito visual, imaginação. Mas sendo realista, hoje é a melhor época, equipamentos de excelente qualidade e preço acessível, material específico para cada modalidade, até os amortecedores você escolhe a dureza, e estou falando da industrial nacional.

Ótimas pistas (feitas por engenheiros) e de graça!!!!

Pistas em condomínios e baladas!!!!

Facilidade para gravar seu vídeo, rever o erro e aprender a manobra.

Mídia para postar seus vídeos e ser visto por possíveis patrocinadores.

Até competição virtual já existe!!! Você manda seu vídeo e compete. Nem a pandemia parou o skate.

Enfim, o skate hoje é um esporte sim!!!!

 

 

Skatista e fotógrafo profissional Hélio Greco ensina primeiros passos e segredos da modalidade esportiva

 Um grupo de 18 adolescentes, com idades entre 16 e 19 anos, que cumprem medida socioeducativa de internação no CASA Juquiá, no Complexo do Brás, em São Paulo, aprendem desde janeiro a se equilibrar sobre o skate, assim como as primeiras manobras, em oficinas com o skatista e fotógrafo profissional Hélio Greco.

Durante o mês de janeiro, nas férias escolares, o skatista realizou duas oficinas semanais, com duas horas de duração cada, em que indicou os primeiros passos do esporte, que está na agenda olímpica desde Tóquio 2021. A atividade continua no mês de fevereiro.

O objetivo é contribuir para a formação dos jovens, utilizando o esporte como ferramenta para indicar valores como respeito às regras e outros seres humanos, superação dos próprios limites e comprometimento.

Os adolescentes utilizam skates, equipamentos de proteção e rampas adquiridas pela Fundação CASA no ano de 2022 para todos os centros de internação.

Na última terça-feira (31/01), Greco também ensinou conceitos de manutenção básica dos equipamentos, em especial os próprios skates, suscetíveis a danos com as manobras.

 Na prática, também mostrou como consertá-los, a partir da doação quatro shapes (a tábua do skate), feita por um lojista da Galeria do Rock, tradicional centro comercial no centro da cidade de São Paulo.

O primeiro contato com os jovens aconteceu na primeira quinzena de dezembro do ano passado, quando o fotógrafo e skatista palestrou para sobre a importância da modalidade, sua história e seu impacto social e sobre a saúde.

“Há uma empolgação do skatista e dos adolescentes com a iniciativa, tanto que já demos andamento internamente para formalizar uma parceria, de forma a alcançar mais jovens do centro socioeducativo”, afirma a diretora do CASA Juquiá, Kelly Gomes da Fonseca.

 

Greco é fotógrafo profissional desde 1983, tendo se especializado em esportes de ação como o skate. Já teve imagens publicadas em revistas como Fluir, Hardcore, Overall e Vital Skate. É skatista há mais de 47 anos e também atua como juiz na Confederação Brasileira de Skate (CBSK), entidade responsável pelo ranking dos atletas que participam dos jogos olímpicos.

 

Texto: Ratones

Ratones é Artista Plástico e Ilustrador, Skatista desde 1985 e idealizador do Skate das Antigas.

Siga: @ratonesart  @skatedasantigas   

 

 

A história do SKATEART, começa no início dos anos 70, com Wes Humpston, o criador da Dogtown e Bulldogs Skates, muito antes, no passado, quando o skate começou por volta da década de 50, o visual dos primeiros skates, tinham uma arte bem simples, em sua maioria apenas o nome da marca, ou imagens que lembravam o Surf.

Eram desenhos até que um tanto inocentes, se comparados ao que o visual do skate se tornaria mais tarde.

É claro que, esse termo “Skateart”, veio depois, mas, antes mesmo de ter essa nomenclatura, artistas como Jim Phillips por exemplo, já desenhavam, no começo dos anos 60 ele já atuava, como surfista, suas artes eram sempre carrões com pranchas de surf em cima, seguindo sempre essa linha.

Mais tarde foi criando sua própria identidade, criando desenhos que marcaram a história, como o “Screaming Hand”, os shapes do Rob Roskopp, e até o logo da marca Independent Trucks.

Jim Phillips criou toda a identidade da marca Santa Cruz, que persiste até hoje, mesmo tendo outros artistas desenhando para a marca, Jim e seu filho Jimbo continuam dando a cara para a marca, reforçando o seu DNA.

Mas com a arte de Wes Humpston, o skate começou a criar uma identidade, cada vez mais, se distanciava do Surf, tido como o “Pai do skate”, a arte começava a ter uma agressividade, mostrar o radicalismo que o skate trazia, suas manobras e skaters como Jay Adams e Tony Alva, mostravam que o skate era muito mais “radical” que o surf.

 

Ratones Jimbo Phillips Natas & Gonz Jim Phillips Wes Humpston

Nesse momento, o skate mostrava sua cara, desenhos de caveiras, águias e flames, começavam a criar um estilo, os skaters lançam seus primeiros promodels, com seu perfil, sua identidade.

A Skateart começou mesmo a ficar popular na virada de década de 70 para 80, os desenhos da Powell & Peralta eram incríveis, e outros artistas começaram a se destacar como Courtland Johnson, o próprio Jim Phillips, Pushead, Bernie Tostenson entre outros.

No meio dos anos 80, isso se tornou tão forte e evidente, que nós comprávamos os shapes olhando primeiro pra arte, depois o model, concave largura, etc.

Era inevitável usar os grabbers, para não zoar o desenho, cada shape nessa época era uma obra de arte, e , apesar de grandes artistas de fora terem causado todo esse alvoroço, tivemos grandes nomes aqui, como o de  Billy Argel, que foi talvez o principal nome da nossa Skateart, pois ele desenhou para grande parte das marcas brasileiras nesse período (Lifestyle, Urgh!, Narina) e muito mais.

Tivemos também o Roberto Peixoto, que desenhava para a extinta marca H.Prol. que também marcou uma época da arte no Brasil.

Surgiram vários nomes, e com grande representatividade, agora já chegando nos anos 90, tivemos o Speto, Binho, Magoo, caras que deram a cara para o skate no Brasil nessa década.

Infelizmente, na metade dos anos 90, o skate foi mudando o visual, chegou a tal da logotipia, quase que extinguindo a arte dos shapes, nesse momento os skates vinham em sua maioria só com o nome da marca embaixo, dos dragões e caveiras, migramos para imagens de Graffiti, elementos do Hip Hop, Boom box e imagens da época.

Mesmo mudando a sua estética, continuava firme a Skateart até o final dos anos 90, na entrada dos anos 2000, aí sim veio forte aquela imagem só de Logos e os nomes das marcas.

Aquele sentimento que a gente tinha de comprar um shape pelo seu desenho, foi se perdendo com o tempo, pela arte e pelo formato do shape, que agora eram todos iguais, identificado pela bolacha de Maizena, perderam totalmente a personalidade.

Mais precisamente em 2009, aconteceu algo muito relevante para a Arte dos skates no Brasil, o artista e vocalista da banda Garage Fuzz, Alexandre Cruz, o “Sesper”, organizou o Reboard, um evento que juntou uma coleção imensa de shapes, com a parceria de vários colecionadores, shapes desde a década de 70 até 2000.

Art Ratones Propaganda Lifestyle Rui Muleque - Billy Argel Artes Billy Argel Deck oficial Brasil Skate Camp Flag All Decks Cartaz Fuzz Fest

Um marco para a história recente do skate no Brasil. Exposição de shapes e um filme enriqueceram esse evento memorável, que foi um divisor de águas na Skateart do Brasil.

Tive o prazer imenso de fazer parte do documentário e expor alguns trabalhos meus no Reboard, eu como designer, já havia quase que desistido de manter a chama acesa da arte nos shapes, já estava desenhando para várias marcas de skate no Brasil, mas em sua maioria, queriam os desenhos simples, Logotipos, queriam só seguir a “tendência”, nada do que aprendemos na escola mais Oitentista do skate mundial.

Acredito que após o Reboard, marcas, artistas, voltaram os olhos novamente para a essência do skate, a arte mais elaborada, mais trabalhada, com mais cores, mostrando o que realmente era o skate de décadas atrás.

Em 2015 tivemos uma visita ilustre no Brasil, o artista Jimbo Phillips, filho de Jim Phillips, esteve por aqui, trazendo sua arte, rolaram várias tardes de autógrafos e marcou presença por aqui grandemente.

Já chegando aos dias de hoje, tiveram também algumas mostras de Skateart no Brasil  no mundo todo, o shape se tornou um ótimo suporte para a arte, tendo exposições ao redor do mundo e invadindo as grandes galerias de arte. Por aqui, teve um trabalho bem bacana do artista Marcelo Fokinha, que organizou exposições com vários artistas como Ratones, Magoo, Daniel One, Jimbo Phillips, Chris Dyers e um time seleto de artistas.

Aconteceu também outro evento muito importante organizado pelo Old Skater Paulo “Anshowinhas”, realizado na Unibes em São Paulo em 2017, trazendo exposições, documentários e talks falando sobre Skateart no Brasil, mercado e tudo que envolve o skate em sua essência.

É muito legal ver que a arte teve uma retomada nos últimos tempos, a marca Santa Cruz por exemplo, mantém sua identidade desde os anos 80, sua linha de desenhos continua, muitos shapes antigos sendo relançados, no Brasil e fora dele, tanto marcas nacionais, quanto as de fora, trazendo de volta os shapes clássicos, mostrando o quanto é legal ver a arte nos decks.

No final de 2019, o Canal OFF, lança um documentário chamado “Arte sobre rodas”, trazendo e revelando grandes artistas, vale muito a pena conferir e conhecer muitos artistas que tem feito arte no Brasil.

Hosoi Art Vans 2021 illustration SPRAY - Ratones Art Propaganda Dum-Dum - Anarquia - Billy Argel Shapes URGH! Shapes H-Prol Rodas Moska

Não podemos deixar a arte se perder com o tempo, claro que mudou o conceito e a visão dos skatistas de hoje em dia, e está tudo ok, mas a arte sempre fez parte do skate e sua expressão como um todo, sem a arte, sem os desenhos que representavam a identidade dos skatistas, tudo seria muito sem graça, não haveria a sua representatividade que é tão importante.

Há também vários skaters que são artistas também, Mark Gonzales, Ed Templeton, Steve Caballero, Kris Marcovich, Lance Mountain, John Lucero, aqui no Brasil temos o Marcelo Barnero, Sesper, Klaus Bohms, Ratones, Magoo, Felipe Mota e a lista é grande.

Nos dias atuais temos grandes nomes na Skate Art, como Todd Francis, que esteve no Brasil em 2018, Margaret Kilgallen, Greg Mike, Evan Hecox, Andy Mueller e muito mais.

O modo de se expressar através da arte é essência do skate, vamos valorizar o artista e manter acesa a chama da Arte sobre as 4 rodinhas.

Skate é expressão, é o olhar diferente sobre a estrutura das ruas, é o questionamento, a liberdade de mostrar quem você é através das manobras, se o skate perder essa “essência”, deixa de ser skate.

É a arte como ação transformadora.

 

Dicas de livros:

                           “Bulldogs Art by Wes Humpston”

                           “ Surf Skate & Rock Art of Jim Phillips”

                           “Disposable” A history of Skateboard Art

 

 

MARCO DIVISOR NA HISTÓRIA DO SKATE GAÚCHO

Alexandre Fornari

Isso mesmo, meus amigos do skateboard Brasil.

Marinha em capa do Jornal Folha da tarde em dezembro de 1978Considero que a construção da pista de skate do Marinha do Brasil foi um valioso marco divisor na história do skate pelos pagos do Sul. Grandes mudanças ocorreram após sua inauguração e mesmo antes disso.

Para falar no antes, temos que voltar um pouco no tempo. Rever tudo que se conhecia em termos de skate ainda sob influência dos anos de 1974 e 1975. No período que o skate aqui na capital dos gaúchos era somente modesto, nas lombas (ladeiras) desta metrópole. Tudo ainda era envolvido nas essências emanadas das revistas Skateborder, e fotos em P&B dos audazes skatistas do dogtown californiano e tal. Estilos que ainda misturavam surf e skate no asfalto, no qual a rapaziada buscava reproduzir o verdadeiro surf style .

Um tempo este que o skate era proibido, caso de polícia. Segundo rótulos da ordem vigente, andar de skate em via pública considerava sobre olhares da DOPS – (Delegacias de Ordem Política e Social ), como atentado à ordem pública. Para a época, se reunir em via urbana para fazer algo não autorizado era CRIME!

Marinha em  fins de 1977 o Monstro ainda não concretado, moldado na areia. Bem no centro da foto aérea, próximo das canchas já concretadas
Pode ser a certidão de nascimento. Um sonho da pioneira geração do skate aqui do Rio Grande do SUL.
Marco divisor, do que se tinha do skate de lombas (ladeiras) da capital gaúcha, para o advento Concreto Marinha em capa do Jornal Folha da tarde em dezembro de 1978 Marinha em capa do Jornal Folha da tarde em dezembro de 1978 Concretagem da parte inicial do SNAKE , meados de 1978 Ferragens da parte do meio do Snake do Marinha. Coletes numerado, algo que simbolizou o Primero campeonato da Pista do Marinha do Brasil, em abril de 1979. O Municipal de Pista. Colete  de Alexandre  FORNARI, número  35 . Tradição  da família Camiseta do Hering. A moda era tirar as mangas, estilo bem irreverente dos skatistas da época

Mas algo, sinalizava com boatos que logo, Porto Alegre, teria uma pista pública e bem em meados dos anos 1977, a construção de um novo parque foi anunciada e sua maquete foi exposta na entrada da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Notícia esta, que alegrou a uma fatia de skatistas que naquele momento não passavam de um punhado de praticantes.
Foi assim que em dezembro de 1978, foi inaugurado  o "Monstro de Concreto” em formato de Snake (Banks Slalon) e um Bowl. Com isso, anunciava-se ali a todos que o skate local e até mesmo Brasil iria sofrer uma grande mudança.

Lombas, berço do skate dos anos 70. Aqui a dupla em catamarãs na Hidráulica do Menino Deus em POA Alexandre Torrano, um dos skatistas pioneiros e desenhista que frequentava a conhecidíssima lomba da Hidráulica (local berço do skate RS - 1974), em Porto Alergre, já imaginava o Marinha em seus trabalhos. Aqui uma visão dele, no que seria o MArinha e o Banks Slalon , anos mais tarde. O próprios Torrano, forneceu revistas (SkateBoarder) para a equipe de engenharia, envolvida no projeto da pista. Claro, que ele nunca mais viu as rtevistas de volta, mas voltou o monstro de concreto.
 Aqui, Alexandre Torrano O velho estilo do Surf no asfalto, caracteriza o skate antes do advento Marinha do Brasil  ( Foto , Claudio Gotan e Henrique BRANKA ) Lomba da Hidráulica, em 1975 Dois dias antes da inauguração, eu mesmo não conseguia espera mais para estrear como um todo. A pista pronta era uma tentação dos DEUSES.  Foto (Alexandre fornari) Obs. Nota se as telas de proteção....fruto da ideologia que skate ainda era crime no final dos anos 70 Bowl do Marinha, monstruoso e perigoso, já para os anos iniciais. Na foto João Primeira prova de Banks Slalon, em Abril de 1979. Na foto Paulo Sefton

Mudança essa que estávamos migrando das Lombas e rampas de madeiras improvisadas, para transições de concreto, acinzentadas e maravilhosas.

Skate em uma enorme pista, sem pagar nada....

A Pista do Marinha, protagonizaria um palco para grandes competições, não só na nova modalidade inédita até então como a do Banks slalom, como no seu enorme Bowl, com as competições de vertical.

Ocorreu nos anos de 1979, a primeira prova de slalom em paredes com o Campeonato Municipal de Pista em abril deste ano e mais tarde, em setembro o Circuito Brasileiro, o Hering de Skate .

Estava oficialmente batizado a Pista de Skate do Parque Marinha do Brasil, de Porto Alegre, o vulgo “Marinha”.

O Marinha este, que modificou muito a forma de andar e de se comportar....

Hering de skate, em Setembro de 1979. Foto Giovani Mancuso, enfrentando umas das baterias finais no Bowl do Marinha Mesmo as paredes do marinha não terem 90°, proporcionaram uma adaptação para desenvolver novas manobras na época.  Foto Alexandre Fornari Dr. Lucas Teixeira, por volta de 1980 Dr. Lucas Teixeira, por volta de 1980 Dr. Lucas Teixeira, por volta de 1980 Provas no vertical, no Circuito Hering. Nota-se as telas. Foto José Perseu

Não podemos esquecer que mesmo para o ano de 1979, ainda vivíamos sob um regime um tanto autoritário. A pista do Marinha foi cercada por uma tela, com um portão de acesso e bem vigiado pela polícia militar na época.

Tudo sob controle, mas não por muito tempo.

Os anos 1980 anunciavam mudanças...

Mas esse é outro capítulo dessa história.

Sérgio Marreta Roberto Prates Steve Caballero Steve Caballero Jeff Grosso Jeff Grosso Luis Henrique Souza
Marcio Benevides Vamosí Néco Kbcinha Adriano Cardoso Paulo Galante Roberto Prates Juciano De Cássio Silva Claudio Buratto

 

 

 

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